Projetos escolares e terapêuticos que unem ciência, design e cuidado humano.
Cozinhas inclusivas, ambientes de musicoterapia e espaços que acolhem diferenças.
Não me apresento apenas como arquiteta. Sou mulher, autista, mãe de uma criança autista e de uma criança surda. Minha vida é atravessada pela experiência da diferença, e é dessa escuta atenta que nasce minha forma de criar. Sei, pela prática do cotidiano, que o espaço pode ser tanto um obstáculo quanto um abraço.
Minha obra é feita de pessoas, memórias e lugares que respiram inclusão. Cada projeto nasce dos silêncios de quem nunca foi ouvido, das cores que despertam novos olhares, das vibrações que substituem palavras, da música que atravessa o corpo e se transforma em linguagem acessível.
Trabalho onde a arquitetura encontra a neurociência, onde a sustentabilidade conversa com a sensibilidade humana, onde o espaço deixa de ser cenário e passa a ser cuidado. Não desenho edifícios: desenho possibilidades de vida.
Minha trajetória circula entre pesquisa, arte e prática. Caminho por escolas que se tornam refúgios, ruas que se abrem para todos, cozinhas inclusivas que respeitam singularidades, ambientes de musicoterapia que acolhem diferentes formas de perceber o mundo. Carrego comigo a inquietação de transformar o invisível em pertencimento.
Se você chegou até aqui, talvez já tenha sentido que o mundo precisa ser reinventado. É nesse ponto de encontro entre urgência e esperança que meu trabalho acontece.